terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Um itinerário espiritual a ser seguido

No 'Ano da Fé', somos convocados a reavivar a chama da fé em nosso coração, em nossa caminhada de cristãos. Em uma sociedade secularizada, que, aos poucos, vai perdendo as raízes da sua própria identidade cristã, a Carta Apostólica do Papa Bento XVI, Porta Fidei, é um convite a retornamos às nossas raízes e, assim, vivenciarmos um tempo novo.

Eis o caminho espiritual proposto pela Carta Apostólica Porta Fidei:

Primeiro passo: acesso exclusivo ao amor de Deus. “A Porta da Fé (cf. At 14, 27), que nos introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós” (PF, 1). Por meio da fé temos acesso exclusivo a uma vida de intimidade profunda com Deus.

Segundo passo: ajudar nossos irmãos e irmãs a atravessarem o deserto da secularização para que encontrem Jesus Cristo, fonte da vida que sacia todas as sedes. “A Igreja, no seu conjunto, e os pastores nela, como Cristo, devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida em plenitude” (PF, 2). Muitos se encontram peregrinando por um deserto sem vida. A fé que cultivamos em nosso coração ajuda-nos a sermos guias para quem se encontra sedento de Cristo.

Terceiro passo: rezar a Palavra de Deus na vida. "Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos” (cf. Jo 6, 51), (PF, 3). Na Palavra de Deus e na Eucaristia encontramos o alimento necessário que sustenta nossa alma. É preciso rezarmos essa Palavra em cada momento de nossa vida.

Quarto passo: testemunharmos o amor de Deus. “A renovação da Igreja realiza-se também por meio do testemunho prestado pela vida dos crentes. De fato, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou” (PF, 6). Nossa vida deve irradiar a Luz da Palavra de Deus. Somente quem foi iluminado pela Palavra pode testemunhar uma vida de luz.

Quinto passo: converter-se no Senhor. “O Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo” (PF,6). É necessário reacender a chama do nosso primeiro amor por Cristo. E esta chama só poderá ser acessa se nos convertermos novamente.

Sexto passo: abandonar-se nas mãos de Deus. “Só acreditando que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior, porque tem a sua origem em Deus” (PF, 7). Geralmente, queremos que seja feita a nossa vontade, mas poucas vezes nos abandonamos nas mãos de Deus. Viver o 'Ano da Fé' é abandonar-se inteiramente nas mãos do Senhor. Confiarmos a Ele nossa vida e tudo o que temos e somos.

Sétimo passo: redescobrir o valor da Profissão de Fé. “Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária para não esquecerem o compromisso assumido com o Batismo” (PF, 9). A oração do Creio deve voltar a fazer parte das nossas orações. É preciso aprofundar naquilo que cremos.

Oitavo passo: estudar o Catecismo. “Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II” (PF, 11). No Catecismo da Igreja Católica, encontramos alimento seguro para as questões da fé que nos inquietam. É preciso saber responder: Por que eu creio? Em que eu creio?

Nono passo: desenvolver a caridade na vida. “O 'Ano da Fé' será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: ‘Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade’” (1 Cor 13, 13) (PF, 14). A caridade nasce do amor, ela é o amor em ação na vida.

Décimo passo: viver o 'Ano da Fé' como um itinerário espiritual. “Possa este 'Ano da Fé' tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro (PF, 15). Temos a nossa disposição um programa de vida espiritual rico e profundo para crescermos na fé e no amor a Cristo e a Igreja.



fonte: Canção Nova/Padre Flávio Sobreiro



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quaresma: Eis o tempo de conversão


Quaresma é um tempo litúrgico de quarenta dias em preparação para a Páscoa. A duração do período quaresmal está baseada no símbolo que envolve o número quarenta na Bíblia, na qual são narrados os quarenta dias do dilúvio, os quarenta anos da peregrinação do povo judeu pelo deserto, os quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, os quarenta dias em que Jesus passou no deserto antes de começar Sua vida pública, os 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito. 
A Quaresma tem início na Quarta-feira de cinzas com a imposição das cinzas o sacerdote faz uma cruz sobre a fronte do fiel e diz: “Convertei-vos e credes no Evangelho” e termina no Domingo de Ramos. Alguns símbolos podemos observar neste tempo: cor roxa na ornamentação do altar e nas vestimentas do sacerdote, as cinzas e a cruz que lembram o caráter de penitência e conversão, também a música e o canto, com mensagens e letras que nos ajudam a refletir e vivermos esses quarenta dias unidos ao sofrimento de Cristo. A Campanha da Fraternidade também é própria deste tempo em que também não cantamos o “glória” e o “aleluia”. 
Na Quaresma ao nos unirmos a Cristo, automaticamente nos unimos aos irmãos que perto de nós ou distantes, também sofrem com a pobreza, fome, falta de amor, violência ou que por desigualdade social são excluídos, somos solidários com o seu sofrimento e convidados a fazer algo: a oração, a esmola, o jejum, devem produzir em nós uma mudança de vida, de comportamento que de alguma forma produza frutos bons, que podem não chegar diretamente a esses irmãos distantes, mas podem chegar e influenciar beneficamente aquele que está pertinho e nem percebemos o seu sofrimento, sua carência.Temos Deus em nosso coração, uma Fortaleza, presente em nossa vida através da oração, da Eucaristia. Que esta quaresma seja a conversão que precisamos para crescer na fé e vivermos na Paz como filhos de Deus, aguardando a mais importante festa cristã: A Páscoa!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Hino da Campanha da Fraternidade 2013


fonte: Cifra Club/Portal Católico

Oração oficial da CF 2013


Oração oficial da CF 2013



Tema: Fraternidade e Juventude
Lema: "Eis-me aqui, envia-me" (Is 6,8)

Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.

Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.

Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
Para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
Para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
Para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
Para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
Para...(outras intenções)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Como evangelizar os meus filhos?

A Igreja ensina que os primeiros catequistas são os pais. É no colo deles que toda criança deve aprender a conhecer a Deus, aprender a rezar e dar os primeiros passos na fé; conhecer os Mandamentos e os Sacramentos. 

Os pais são educadores naturais, e os filhos assimilam seus ensinamentos sem restrições. Será difícil levar alguém para Deus se isso não for feito, em primeiro lugar, pelos pais. É com o pai e a mãe que a criança tem de ouvir em primeiro lugar o nome de Jesus Cristo, Sua vida, Seus milagres, Seu amor por nós, Sua divindade, Sua doutrina... Eles são os responsáveis a dar-lhes o batismo, a primeira comunhão, a crisma e a catequese. 

Quando fala aos pais sobre a educação dos filhos, São Paulo recomenda:“Pais, não exaspereis os vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e na doutrina do Senhor” (Ef 6, 4). Aqui está uma orientação muito segura para os pais. Sem a “doutrina do Senhor”, não será possível educar. 

Os pais não devem apenas mandar os seus filhos à igreja, mas, devem levá-los. É vendo o pai e a mãe se ajoelharem que um filho se torna religioso, mais do que ouvindo muitos sermões. A melhor maneira de educar, também na fé, é pelo exemplo. Se os pais rezam, os filhos aprender a rezar; se os pais vivem conforme a lei de Deus, os filhos também vão viver assim, e isso se desdobra em outros exemplos. Os genitores precisam rezar com os filhos desde pequenos, cultivar em casa um lar católico, com imagens de santos em um oratório, o crucifixo nas paredes, etc.; tudo isso vai educando os filhos na fé. 

Um aspecto importante da educação religiosa de nossos filhos está ligado à escola. Infelizmente, hoje, se ensina muita coisa errada em termos de moral nas escolas; então, os pais precisam saber e fiscalizar o que os filhos aprendem ali. Infelizmente, hoje, o Governo está colocando até máquinas para distribuir “camisinhas” nesses locais. Os filhos precisam em casa receber uma orientação muito séria sobre a péssima “educação sexual” que hoje é dada em muitas escolas, a fim de que não aprendam uma moral anticristã. 

Outro cuidado que os pais precisam ter é com a televisão; saber selecionar os programas que os filhos podem ver, sem violência, sem sexo, sem massificação de consumo, entre outros. Hoje temos boas emissoras religiosas. A televisão tem o seu lado bom e o seu lado mau. Cabe a nós saber usá-la. Uma criança pode ficar até cerca de 700 horas por ano na frente de um televisor ligado. Mais uma vez aqui, é a família que será a única guardiã da liberdade e da boa formação dessa criança. Os pais precisam saber criar programas alternativos para tirá-las da frente do televisor, oferecendo-lhes brinquedos, jogos, contando-lhes histórias, etc.. Da mesma forma, ocorre com a internet: os pais não podem descuidar dela. 

Mas, para levar os filhos para Deus é preciso também saber conquistá-los. O que quer dizer isso? Dar a eles tudo o que querem, a roupa da moda, a camisa de marca, o tênis caro? Não! Você os conquista com aquilo que você é para o seu filho, não com aquilo que você dá a ele. Você o conquista dando-se a ele; dando o seu tempo, o seu carinho, a sua atenção, ajudando-o sempre que ele precisa de você. 

Diante de um mundo tão adverso, que quer arrancar os filhos de nossas mãos, temos de conquistá-los por aquilo que “somos” para eles. É preciso que o filho tenha orgulho dos pais. Assim será fácil você levá-lo para Deus. Muitos filhos não seguem os pais até a igreja porque não foram conquistados por estes. 

Conquistar o filho é respeitá-lo; é não o ofender com palavras pesadas e humilhantes quando você o corrige; é ser amigo dos seus amigos; é saber acolhê-los em sua casa; é fazer programas com ele, é ser amigo dele. Enfim, antes de dizer a seu filho “Jesus te ama”, diga-lhe: “eu te amo”.

Matéria escrita pelo prof. Felipe Aquino, muito interessante, até sabemos tudo isso, mas precisamos estar relembrando e conversando com outros pais sobre o assunto sempre!

fonte: Canção Nova