domingo, 6 de dezembro de 2015

Ano Santo: ninguém excluído da misericórdia de Deus

O Papa Francisco anunciou na sexta-feira, dia 13 de março na Basílica de S. Pedro um “jubileu extraordinário” centrado na “misericórdia de Deus”. Este Ano Santo da Misericórdia terá início a 8 de dezembro deste ano de 2015 e percorrerá todo o ano de 2016. Na nossa rubrica “Sal da Terra, Luz Mundo” de hoje procuramos aprofundar o significado de tão importante acontecimento.

Um Ano para a misericórdia
“Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia. (…) Este Ano Santo iniciar-se-á na próxima solenidade da Imaculada Conceição e concluir-se-á a 20 de novembro de 2016.”
Foi com estas palavras que o Papa Francisco anunciou o Ano Santo da Misericórdia abrindo uma janela para a Reconciliação, para o encontro dos fiéis com Deus e para o reencontro com a Igreja daqueles que têm estado à margem ou, numa linguagem atualmente mais pontifícia: aqueles que têm estado nas periferias da Igreja.
“Sede misericordiosos como o Pai”, versículo retirado do Evangelho de S. Lucas, será o lema deste Jubileu Extraordinário. Um lema que é um apelo para que todos acreditemos na penitência e na reconciliação como o caminho do cristão.

Amor e juízo sem excluídos
O anúncio do Ano Santo foi feito pelo Santo Padre (13 de março) no final da sua homilia da celebração penitencial com a qual o Papa abriu a iniciativa “24 horas para o Senhor”. E a misericórdia foi o tema da homilia. Nela o Santo Padre referiu-se à passagem do Evangelho que conta o episódio da mulher pecadora que lava os pés a Jesus e os enxuga com os cabelos, beijando-os e ungindo com óleo perfumado.
Desde logo – disse o Papa – duas palavras a reter: amor e juízo. O amor da mulher pecadora e o amor de Jesus que permite que ela se aproxime e acolhe-a demonstrando-lhe o amor de Deus num encontro que vai para além da justiça e para além do juízo que é a outra palavra, citada pelo Papa Francisco. O juízo de Simão, o fariseu que convidou Jesus para jantar e não consegue reconhecer quem é o seu convidado. Não consegue também encontrar o caminho do amor. No seu pensamento existe só a justiça e fazendo assim está errado – afirmou o Papa Francisco que deixou claro que ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus.

Tempo para o mistério da misericórdia
A abertura do próximo jubileu vai acontecer no 50.º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II e, segundo explica a Santa Sé, em comunicado de imprensa, “adquire um significado particular, impelindo a Igreja a continuar a obra começada com o Vaticano II”.
O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, responsável pela organização das celebrações deste jubileu, recorda em nota oficial que o Papa tinha afirmado no início de 2015 que se vivia “o tempo da misericórdia”. Foi no Angelus do domingo 11 de janeiro.
D. Rino Fisichella é o Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização e falou à Rádio Vaticano sobre o significado deste Jubileu:
É um significado que se confirma na simbologia que o Papa Francisco quis utilizar. Antes de mais, fez o anúncio a 13 de março, ou seja, o ingresso no terceiro ano do seu pontificado; fê-lo durante uma celebração penitencial, recordando aos confessores o dever que têm de exprimir a misericórdia; fê-lo confessando-se ele próprio e tornando-se depois confessor. Portanto, penitente e confessor, o testemunho do grande mistério da misericórdia que nos envolve… e não esqueçamos que será aberta a Porta Santa precisamente no dia do quinquagésimo aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II. Todos estes elementos, no meu entender, indicam o percurso e dão significado a este Jubileu Extraordinário.”

Misericórdia: Deus perdoa e renova
O dom da misericórdia é uma presença constante nos discursos e homilias do Santo Padre desde o início do pontificado. No domingo, 17 de março de 2013, no primeiro Angelus do pontificado do Papa Francisco, as largas dezenas de milhares de fiéis presentes na Praça de S. Pedro, famintos das palavras do Santo Padre, ouviram o Papa Francisco afirmar que o Senhor perdoa-nos sempre e tem um coração de misericórdia para todos:
“Ele, nunca se cansa de perdoar, mas nós, por vezes, cansamo-nos de pedir perdão. Nunca nos cansemos, nunca nos cansemos! Ele é o Pai amoroso que perdoa sempre, que tem um coração de misericórdia para todos nós. E também nós aprendamos a ser misericordiosos para com todos.”
Também no primeiro Domingo de Páscoa do Papa Francisco, no dia 31 de março de 2013, na Mensagem e Benção Urbi et Orbi, o Santo Padre referiu-se à misericórdia de Deus:
“Deixemo-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que o poder do seu amor transforme também a nossa vida; e tornemo-nos instrumentos desta misericórdia, canais através dos quais Deus pode irrigar a terra, guardar a criação e fazer florescer a justiça e a paz”.

Caminhar na misericórdia
O tema da misericórdia está, desde logo, presente no brasão de armas do Papa Francisco com o lema: ‘miserando atque eligendo’, que evoca uma passagem do Evangelho segundo S. Mateus: “olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.
A misericórdia faz, assim, parte do caminho do Santo Padre que procura mesmo dar-lhe visibilidade. Foi surpreendente e célebre o Angelus de 17 de novembro de 2013, no qual o Papa Francisco surpreendeu dezenas de milhares de pessoas reunidas no Vaticano com a sugestão de um ‘medicamento espiritual’ para as suas vidas, distribuindo numa caixa própria, a ‘Misericordina’. Com embalagem de medicamento e posologia prescrita a “Misericordina” mais não era do que um terço para rezar. Mas a comunicação foi eficaz e inovadora.
Também na mensagem para esta Quaresma de 2015, o Papa Francisco deixou votos de que as paróquias e comunidades católicas se tornem “ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença”.
Finalmente, podemos ainda registar que a palavra ‘misericórdia’ aparece mais de 30 vezes na primeira exortação apostólica do pontificado, ‘Evangelii gaudium’, ‘A alegria do Evangelho’.
O Ano Santo Jubilar da Misericórdia terá início com a abertura da Porta Santa na Basílica de S. Pedro a 8 de dezembro de 2015 dia da Imaculada Conceição de Maria e será encerrado no dia 20 de novembro de 2016 na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Um ano que vai da Mãe até ao Filho para encontrarmos Deus nas nossas vidas.
fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O que é misericórdia?

A palavra, Misericórdia, em latim, vem da expressão Miser cordis, ou coração de pobre. O Antigo Testamento, ao falar de Misericórdia não usa a palavra ‘coração’, mas útero (rahamim). O misericordioso é aquele que tem espaço interior para acolher a vida, as pessoas. Deus tem materna Misericórdia. Todos fomos gerados em seu divino ‘útero’. Ser misericordioso como Deus é ter espaço no coração para os irmãos.

No dicionário encontramos a seguinte definição: "Misericórdia é tratar com compaixão um inimigo". O homem está numa condição de miséria por causa de sua rebelião contra Deus e merece punição. Entendemos o significado de misericórdia quando o acusado joga-se à misericórdia do juiz. Isto significa que ele é culpado e não tem mérito com que apelar à lei. Esta é a condição exata em que nós nos achamos diante do tribunal de Deus. A misericórdia é a nossa única esperança. Podemos rogar por justiça diante dos homens, mas rogarmos por justiça a Deus (rogarmos que nos dê o que merecemos).


A misericórdia de Deus é descrita em vários lugares e de maneiras diversas. Sua misericórdia é grande (1 Reis 3:6), é suficiente (Salmo 86:5), é terna (Lucas l:78), é abundante (1 Pedro 1:3), é rica (Efésios 2:4), é eterna (Salmo 103:17). É tão grande consolação sabermos que Deus é tão abundante e rico exatamente no que necessitamos como pobres pecadores. Não é surpresa que o Salmista diga: "Cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua misericórdia". Salmo 59:16.
Misericórdia faz parte da própria essência divina. Foi pela misericórdia que o Pai nos criou, nos perdoou e nos deu o caminho para a remissão. Foi pela misericórdia que Jesus deu a Si mesmo por nós. E é nas obras de Cristo que devemos nos espelhar para o bem proceder como cristãos, socorrendo nosso próximo em suas necessidades corporais e espirituais. Todo cristão, do mais abastado ao mais carente, deve ser um reflexo da misericórdia de Deus. Ainda que lhe faltem meios materiais para ajudar ao próximo, nunca lhe deverá faltar o ânimo para imitar a Cristo.
Oração a Divina Misericórdia
Jesus, diante de vosso coração aberto, de onde jorraram sangue e água, fonte da Divina Misericórdia por nós pecadores. Venho a Vós com os vasos da confiança clamar as graças, dons e virtudes desta Santa devoção. Eu quero passar pelo Teu lado aberto de amor por mim, todos os meus pecados, minhas feridas emocionais e físicas, toda carência e depressão, pois tenho a certeza, que passando pelo teu coração serei uma Nova Criatura. Que os raios claros da Tua Divina Misericórdia, Sangue e Água dissipem toda treva em mim, traga-me o perdão e a paz, a graça da conversão e da retenção eterna. Refugiar-me no abismo da Salvação onde nenhum inimigo conseguirá me alcançar nenhuma tentação e todo mal será ali neutralizo. Quero passar pela Tua misericórdia os meus medos, duvidas, minha vida financeira, todo sentimento de desespero e fracasso, também todas as pessoas que fazem parte da minha vida, eu as confio a vós, na certeza de que experimentarão o Amor de Deus. Vós morrestes Jesus, mas uma fonte de vida jorrou para as almas, e um mar de misericórdia se abriu para o mundo inteiro. Ó Fonte de Vida, Misericórdia Divina inescrutável, envolvei o mundo todo e derramai-vos sobre nós. Acendei em nossos corações a chama de Vosso amor pelo Espírito Santo Senhor, a esperança, a certeza de que tudo pode ser mudado pela oração, que eu possa dizer em todos os momentos de minha vida: Jesus, eu confio em vós!

fonte: Canção Nova

domingo, 29 de novembro de 2015

Um novo tempo

Advento
Iniciamos hoje 29 de novembro de 2015, o Ano Litúrgico C também celebramos hoje o 1º domingo do Advento.
A palavra “advento” tem origem latina e significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”.
Advento é um tempo de preparação para a segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas verdades de nossa fé: a primeira vinda (o nascimento de Jesus em Belém) e a segunda vinda de Jesus (a Parusia). Assim, a Igreja comemora a vinda do Filho de Deus entre os homens (aspecto histórico) e vive a alegre expectativa da segunda vinda d’Ele, em poder e glória, em dia e hora desconhecidos (aspecto escatológico).
Como se estrutura o Tempo do Advento?
O tempo do Advento não tem um número fixo de dias e depende sempre da solenidade do Natal. Ele começa na tarde (1ª Vésperas) do primeiro domingo após a Solenidade de Cristo Rei e se desenvolve até o momento anterior à tarde (1ª Vésperas) do Natal. Ele possui quatro semanas e, por isso, quatro domingos celebrativos. O terceiro domingo do Advento é chamado de domingo da alegria (gaudete, em latim) por causa da antífona de entrada da missa (Alegrai-vos sempre no Senhor), mostrando a alegria da proximidade da celebração do Natal. O tempo do Advento se divide em duas partes. A primeira, que vai até o dia 16 de dezembro, é marcada pela espera alegre da segunda vinda de Jesus. A segunda, os dias que antecedem o Natal, se destaca pela recordação sobre o nascimento de Jesus em Belém.
As figuras Bíblicas principais do Advento
Dois personagens bíblicos ganham destaque na celebração do Advento: Maria e João Batista. Ela porque foi escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador, e ele porque foi vocacionado a ser o precursor do Messias. Ela se torna modelo do coração que sabe acolher a Palavra e gerar Jesus. Ele se torna modelo de uma vida que sabe esperar nas promessas de Deus e agir anunciando e preparando a chegada da salvação. Em ambos se manifesta a realização da esperança messiânica judaica e o anúncio da plenitude dos tempos.
“Atentos e vigilantes”
A espiritualidade do Advento é marcada por algumas atitudes básicas: a preparação para receber o Cristo; a oração e a vivência da esperança cristã. A preparação para receber o Senhor se dá na vivência da conversão e da ascese*. Precisamos ter um olhar atento sobre nós e a realidade que nos cerca e nos empenharmos para correspondermos com a ação do Espírito de Deus que quer restaurar todas as coisas. O nosso relacionamento com o nosso corpo e os nossos afetos, com nossos familiares e pessoas íntimas, nossa participação na vida eclesial e social devem estar no foco de nossa atenção. A preparação para celebrar o Natal demanda uma confissão sacramental bem feita e um propósito firme de renovação interior.
“Orai a todo momento”
Este tempo é marcado por uma vivência mais profunda da vida de oração. A leitura orante deste período nos coloca em contato com as profecias de salvação do Antigo Testamento, com a expectativa que os cristãos da Igreja primitiva tinham da Parusia e com os eventos principais que antecederam o nascimento de Jesus. A recordação dos eventos que antecederam a primeira vinda de Cristo se torna a base da preparação da Igreja para o novo Advento do Senhor. A Santa Missa e a Liturgia das Horas são os principais momentos celebrativos. Os exercícios de piedade, como a oração e a meditação dos mistérios gozosos do Rosário, a oração do Angelus Domini e a Novena de Natal podem ser um caminho feliz para a vivência da oração comunitária neste tempo.
“Para ficardes em pé diante do Filho do Homem”
Cada um de nós, apesar do pecado e do mal que nos cerca, deve desejar sempre mais a felicidade, aceitando que, em última análise, ela é o Reino dos Céus, a vivência em comunhão plena e eterna com Deus. Para isto é necessário vivermos dirigindo nossa vida para esta meta, colocando nossas forças no socorro da graça do Espírito Santo. Deus já nos criou desejando a felicidade. Contudo, por causa do pecado, vamos procurando nas criaturas aquela completude que só pode ser vivida na comunhão com o Criador. O Advento nos propõe entendermos todas as coisas na sua relação com Deus e usarmos elas como meios de estarmos com Ele, colocando nossa esperança nas realidades que não passam.
fonte: http://arqrio.org/
*Ascese é uma palavra grega que significa simplesmente exercício. Religiosamente, comporta esforços, renúncias e penitências em vista da perfeição

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Batatas



O professor pediu para que os alunos levassem batatas e uma bolsa de plástico para a aula.

Durante a aula ele pediu para que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro da bolsa.


Algumas das bolsas ficaram muito pesadas. A tarefa consistia em, durante uma semana, levar a todos os lados a bolsa com batatas.

Naturalmente a condição das batatas foi se deteriorando com o tempo.

O incômodo de carregar a bolsa, a cada momento, mostrava- lhes o tamanho do peso espiritual diário que a mágoa ocasiona, bem como o fato de que, ao colocar a atenção na bolsa, para não esquece-la em nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles.

Esta é uma grande metáfora do preço que se paga, todos os dias, para manter, a dor, a bronca e a negatividade.

Principalmente quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem- se de mágoa, aumentando o stress e roubando nossa alegria.

Perdoar e deixar estes sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma.

Jogue fora tuas "batatas".


 Editora ComDeus: Autor desconhecido

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Rei do universo

Religiosas
O Ano Litúrgico da Igreja termina com a Solenidade de Cristo Rei do Universo.


Cristo Rei foi uma das últimas celebrações instituída pelo Papa Pio XI, na época em que o mundo passava pelo pós-guerra de 1917, marcado pelo fascismo na Itália, pelo nazismo na Alemanha, pelo comunismo na Rússia, pelo marxismo-ateu, pela crise econômica, pelos governos ditatoriais que solapavam toda a Europa, pela perseguição religiosa, pelo liberalismo e outros que levavam o mundo e o povo a afastar-se de Deus, da religião e da fé, culminando com a 2ª Guerra Mundial.

O Papa Pio XI instituiu essa festa para que todas as coisas culminassem na plenitude em Cristo Senhor, simbolizado no que diz o Apocalipse: ”Eu sou o Alfa e o Ômega, Principio e Fim de todas as coisas.” (Ap1, 8) Ressalta a restauração e a reparação universal realizada em Cristo Jesus, Senhor da vida e da história. Nessa festa, celebra-se também nossa participação no Reino de Deus, sob a condição de aderirmos à verdade trazida por Jesus, pela qual somos caminheiros que se dirigem à Casa do Pai, para participarmos da mesa do Reino e de assumirmos o compromisso do Evangelho.

A celebração, fechando o Ano Litúrgico, traz para nós cristãos a reflexão em torno da vida de Jesus que significa para nós a salvação, onde impera no mundo o pecado.

Pilatos pergunta a Jesus se ele é rei, e Ele responde que seu reino não é deste mundo de injustiça, ódio, morte e dor. Ele é rei do reino de seu Pai que, como pastor, guia a sua Igreja neste mundo para o reino celeste. Por isso, fazer parte desse Reino é fazer comunhão com Ele, transformar o mundo em que vivemos.

Jesus Cristo é rei e pastor que nos leva ao Reino de Deus, que nos tira das trevas do erro e do pecado, que nos guia para a plena comunhão com o Pai pelo amor. Junto com a solenidade de Cristo Rei, celebra-se o Dia do Leigo e da Leiga, que possuem uma vocação especial, muitas vezes esquecida. Ser leigo e leiga no mundo de hoje é um desafio. Os cristãos leigos ocupam diversos serviços na vida da Igreja e assumem uma vocação particular de constituir família e ser testemunho no meio dos outros, como pedras vivas da Igreja, trabalhadores do Reino Cristo-Rei.

fonte: catequisar.com







domingo, 15 de novembro de 2015

O que é Ano Litúrgico




O Ano Litúrgico é o “Calendário religioso”. Contém as datas dos acontecimentos da História da Salvação. Não coincide com o ano civil, que começa no dia primeiro de janeiro e termina no dia trinta e um de dezembro. O Ano Litúrgico começa e termina quatro semanas antes do Natal. Tem como base as fases da lua. Compõe-se de dois grandes ciclos: o Natal e a Páscoa. São como dois pólos em torno dos quais gira todo o Ano Litúrgico.
O Natal tem um tempo de preparação, que é o Advento; e a Páscoa tem também um tempo de preparação, que é a Quaresma. Ao lado do Natal e da Páscoa está um período longo, de 34 semanas, chamado Tempo Comum. O Ano Litúrgico começa com o Primeiro Domingo do Advento e termina com o último sábado do Tempo Comum, que é na véspera do Primeiro Domingo do Advento. A seqüência dos diversos “tempos” do Ano Litúrgico é a seguinte:


CICLO DO NATAL

ADVENTO

Advento: Inicia-se o ano litúrgico. Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Não é um tempo de festas, mas de alegria moderada e preparação para receber Jesus.

Início: 4 domingos antes do Natal
Término: 24 de dezembro à tarde
Espiritualidade: Esperança e purificação da vida
Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias
Cor: Roxa

NATAL

Natal: 25 de dezembro. É comemorado com alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.

Início: 25 de dezembro 
Término: Na festa do Batismo de Jesus 
Espiritualidade: Fé, alegria e acolhimento
Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem 
Cor: Branca 

TEMPO COMUM

1ª PARTE

1ª parte: Começa após o batismo de Jesus e acaba na terça antes da quarta-feira de Cinzas.

Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus 
Término: Véspera da Quarta-feira das Cinzas 
Espiritualidade: Esperança e escuta da Palavra 
Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus 
Cor: Verde 


CICLO DA PÁSCOA 

QUARESMA 

Quaresma: Começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da semana santa. Tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa. 

Não se diz "Aleluia", nem se colocam flores na igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.

Início: Quarta-Feira das Cinzas
Término: Quarta-feira da Semana Santa
Espiritualidade: Penitência e conversão
Ensinamento: A misericórdia de Deus
Cor: Roxa

PÁSCOA

Páscoa: Começa com a Ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do sacerdócio. Na sexta-feira celebra-se a Paixão e morte de Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas uma Celebração da Palavra.

No sábado acontece a solene Vigília Pascal. Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Festa de Pentecostes. (Pentecostes: É celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Paráclito.) 

Início: Quinta-feira Santa (Tríduo Pascal)
Término:  Pentecostes
Espiritualidade: Alegria em Cristo Ressuscitado
Ensinamento: Ressurreição e vida eterna
Cor: Branca
TEMPO COMUM

2ª PARTE

2ª parte: Começa na segunda após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º Domingo do advento.

Início: Segunda-feira após o Pentecostes 
Término: Véspera do 1º Domingo do Advento 
Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus 
Ensinamento: Os Cristãos são o sinais do Reino
Cor: Verde 


Ao todo são 34 semanas. É um período sem grandes acontecimentos. É um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.

"O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino." (CNBB - Documento 43, 132)
fonte: http://www.catequisar.com.br/

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Quando montar o Presépio



O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje. A montagem do presépio é tradicional em tempos de Natal, Devemos começar a montá-la no Primeiro Domingo do Tempo do Advento. Aos poucos, pode-se começar a montar a gruta, colocar os animais e os pastores, mas Maria, José e o menino Jesus devem fazer parte do presépio apenas mais próximo do Natal”.

O presépio deve lembrar a simplicidade e as dificuldades enfrentadas por Maria e José no nascimento de Jesus por isso a orientação para quem pretende seguir a tradição católica é não sofisticar os presépios com luzes e enfeites.

O dia de montar a Árvore de Natal

No mundo, milhões de famílias celebram o Natal ao redor de uma árvore. A árvore, símbolo da vida, é uma tradição mais antiga do que o próprio Cristianismo, e não é exclusiva de uma só religião.

Muito antes de existir o Natal, os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano em dezembro como um símbolo de triunfo da vida sobre a morte. 
Foi usado pela primeira vez pela rainha da Inglaterra Elizabete e por ocasião do dia 25 de Dezembro, quando oferecia uma grande festa e recebia muitos presentes . 
Não podendo recebê-los todos pessoalmente pediu que fossem depositados em baixo de uma árvore no jardim.
Origina-se daí, igualmente, o costume depositar os presentes em baixo da árvore. 
Árvore verde também traz a esperança , a alegria e a vida nova . 
O verde constante do pinheiro simboliza a vida permanente e plena que existe em Jesus Cristo. 
O Pinheiro é a única árvore que não perde suas folhas durante o ano todo. Permanece sempre viva e verde. 

A exemplo do Presépio, a Árvore de Natal também deve ser montada no Primeiro Domingo do Advento e tradicionalmente é mais sofisticada com muitos enfeites e luzes.
É importante envolver toda a família na montagem da árvore de Natal e Presépio para que juntos percebam o verdadeiro sentido do Natal.
fonte: Catequese Católica

terça-feira, 2 de junho de 2015

Festa de “Corpus Christi”

A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.
A Eucaristia realmente é o maior tesouro da Igreja, a preciosa herança que o Senhor Jesus lhe deixou. E, assim, a Igreja conserva a Eucaristia com o máximo empenho e cuidado, celebrando-a diariamente na Santa Missa, bem como adorando-a nas igrejas e nas capelas. A Eucaristia é o Senhor que se doa “pela vida do mundo” (Jo 6,51). Ontem, hoje e sempre, em todos os tempos e lugares Jesus quer encontrar o homem e levar-lhe a vida de Deus. Por isso, a transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo constituiu o princípio da divinização da mesma criação. Nasce deste modo, o gesto sugestivo e oportuno de levar Jesus em procissão pelas ruas e estradas de nossas cidades e comunidades.A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje esse povo somos nós que nos alimentamos com o próprio Corpo de Cristo. Levando a Santíssima Eucaristia pelas vias públicas, queremos imergir o Pão que desceu do céu na vida quotidiana da nossa vida; queremos que Jesus caminhe onde nós caminhamos, que viva onde nós vivemos. Na intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em corpo, sangue, alma e divindade nas sagradas espécies de pão e vinho, seremos testemunhas vivas de seu amor, de sua misericórdia, a partir do momento em que vivermos por ele e com ele, sendo luz do mundo e sal da terra. A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira ( em alusão a Última Ceia) após o domingo depois de Pentecostes.
Celebrando Corpus Christi, queremos renovar nosso autêntico compromisso de batizados.

fonte Canção Nova

sábado, 23 de maio de 2015

Derramamento do Espírito Santo

Quem é o Espírito Santo?
É a 3ª pessoa da Santíssima Trindade, aquele que nos santifica.
A 1ª pessoa é Deus Pai que nos criou,
A 2ª pessoa é Deus Filho que nos remiu.
Nós recebemos o Espírito Santo no dia do nosso Batismo e no Sacramento do Crisma.
Nós cristãos católicos invocamos a Santíssima Trindade várias vezes durante o dia: ao levantarmos pela manhã, às refeições, ao deitar a noite, ao iniciar orações, ao nos prepararmos para enfrentar situações difíceis, como agradecimento, para iniciar  e ao terminar a Santa missa, celebrações, encontros religiosos, etc.
"Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. Também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio".  (Jo15, 26-27)
O Prometido por Jesus: "[...] ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai, a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).
Pentecostes
Tendo Jesus voltado para o Pai do Céu, (Ascensão) os Apóstolos disseram: “Os homens maus que pregaram Jesus na cruz, são capazes de nos matar também. Vamos esconder-nos no Cenáculo com a Mãe de Jesus”. Entraram numa grande sala, trancando as portas e as janelas. Lá ficaram em oração.
Cinquenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém, Foi o primeiro Pentecostes depois da Morte de Jesus, a sala onde os Apóstolos estavam rezando, encheu-se de uma luz muito brilhante em forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (. At 2,1-4).
Podemos dizer também que pentecostes é a festa do derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja.
Com a vinda do Espírito Santo, os Apóstolos perderam o medo. Abriram as portas e se meteram no meio do povo, ensinando a doutrina de Jesus.
Os Apóstolos, mesmo perseguidos, espancados, no exílio e nas prisões, continuaram falando de Jesus a todos os homens. E esta coragem os animou até a morte. Praticamente todos os Apóstolos derramaram o seu sangue, para não negar sua fé em Jesus Cristo. Dizemos com muita razão que:
A vinda do Espírito Santo marcou o começo da Igreja, isto, porque o mesmo Espírito que animou os Apóstolos despertou outras pessoas que levariam adiante a mensagem de Jesus.

Os Sete dons do Espírito Santo
Estes dons são graças de Deus e só com nosso esforço não podemos fazer com que cresçam e se desenvolvam, necessitam de uma ação direta do Espírito Santo para podermos atuar dentro da virtude e perfeição cristã.
Sabedoria: o Espírito Santo nos concede este dom para que possamos entender e utilizar os critérios de Deus para agir, falar, escolher caminho.
Entendimento: (inteligência) Não é apenas um dom humano de entender as coisas, é muito mais do que isso; é o dom de poder sentir a presença de Deus em todos nós, capacita a entender e julgar pelo amor, pelo coração.
Conselho:  Este dom nos liga a Deus e, ao mesmo tempo, nos liga às outras pessoas, ajudando uns aos outros para trilhar no caminho de Deus. Capacita o homem a ensinar a doutrina de Jesus por meio de atitudes e conselhos cristãos.
Fortaleza:  O dom da fortaleza nos permite ser fortes diante daquelas situações difíceis e de tudo aquilo que nos enfraquece a  fé, fortalece o homem para resistir ao mal e o encoraja a testemunhar Cristo e sua mensagem.
Ciência: O dom da ciência nos leva a um conhecimento mais aprofundado de Deus. O conhecimento das coisas de Deus não está apenas no nível intelectual, mas está no nível da vivência. Capacita o homem entre o bem e o mal a verdade de Deus e a do mundo.
Piedade: dom que está relacionado com a misericórdia nos leva a adorar filialmente a Deus por meio de atos de amor e louvor.
Temor de Deus: É o dom que nos leva à adoração de Deus por este dom o homem tem medo de ofender a Deus e com isso romper sua comunhão com Ele.(diferente de medo de Deus)
Quando recebemos os dons do Espírito Santo?
No Batismo, nos tornamos filhos de Deus. Recebemos a graça santificante das virtudes sobrenaturais, inclusive com os dons do Espírito Santo. Mas no Crisma, recebemos de um modo especial o Divino Espírito Santo, para as lutas interiores e exteriores, pelas quais guardaremos intacta nossa fé. É, então, no Crisma que recebemos os dons do Espírito Santo de um modo muito especial.

Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus doador de todos os dons é que pertence esta glória.

É este o grande segredo dos Santos. Vemos sua vida sofrida e nos assustamos. Mas é que nos esquecemos do doce hóspede da alma que consola e acalma. É o Espírito Santo quem torna o fardo leve e o jugo suave.

fonte: catequisar.com/padrepauloricardo.org/cancaonova.com

quinta-feira, 14 de maio de 2015

“Sem mim nada podeis fazer”

Não faça nada sem “carregar” Jesus. Não comece o dia sem Jesus! Veja:

“Um jumentinho voltando para sua casa todo contente, falou para sua mãe:
- Fui a uma cidade e quando lá cheguei fui aplaudido, a multidão gritava alegre, estendia seus mantos pelo chão… Todos estavam contentes com minha presença.
Sua mãe perguntou se ele estava só e o burrinho disse:
- Não, estava levando um homem com o nome de Jesus.
Então sua mãe falou:
- Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.
Então o burrinho respondeu:
-Quando eu tiver uma oportunidade, voltarei lá…
Quando retornou a essa cidade sozinho, todos que passavam por ele fizeram o inverso, o maltratavam, o xingavam e até mesmo batiam nele.
Voltando para sua casa, disse para sua mãe:
-Estou triste, pois nada aconteceu comigo. Nem palmas, nem mantos, nem honra… Só apanhei, fui xingado e maltratado. Eles não me reconheceram, mamãe…
Indignado o burrinho disse a sua mãe:
- Porque isso aconteceu comigo?
Sua mãe respondeu:
- Meu filho querido, você sem JESUS é só um jumentinho…
Lembre-se sempre disso”.

Nós, sozinhos, não somos apenas “jumentinho”, e sim, um ser humano sem a graça de Deus e sem a Sua força sobrenatural. Somos pobres, fracos, impotentes…
Jesus disse que Ele é a videira verdadeira e que nós somos os seus ramos; e que se o ramo se desprender Dele, vai secar e morrer. E acrescentou: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5s).
É porque nos esquecemos dessa palavra de Jesus que tantas vezes fracassamos em nossas lutas, projetos, empreendimentos, evangelização, educação dos filhos, trabalho profissional e religioso, etc. Esquecemo-nos que se Jesus não estiver conosco, pela fé e pela oração, seremos um pouco parecidos com o jumentinho de Jerusalém.
Quando nós falamos as palavras de Jesus, atraímos as pessoas; quando “carregamos’ Jesus as pessoas nos ouvem; mas, quando estamos sós, vazios, sem “carregar” Jesus, o povo olha para nós e vê a nossa “feiúra” e impotência. E pode nos desprezar. Não podemos fazer nada nesta vida sem “carregar” Jesus.
Além do mais, carregar Jesus é estar ciente de que os aplausos são para Ele e não para nós. É estar ciente de que Ele não precisa de nós, mas quer nos usar para nos dar dignidade e grandeza.
Carregar Jesus é estar ciente de que depois que o ajudamos a cumprir a Sua missão salvífica, voltamos a ser apenas um “jumentinho”, muito feliz e honrado, mas como os outros. São Paulo diz que somos “vasos de barro” para que tenhamos consciência de que todo poder que se manifesta em nós vem Dele e não de nós (cf. 2Cor 4,7 ).
Não faça nada sem “carregar” Jesus. Não comece o dia sem Jesus. Não corrija seu filho, sua esposa, seu empregado ou seu patrão, sem pedir a luz a Jesus; senão as suas palavras poderão ser inconvenientes e ineficazes.
Não comece um empreendimento sem colocá-lo nas mãos de Jesus e pedir sua graça, sua proteção, sua luz.
Não eduque sua família sem a luz de Jesus, senão ela caminhará nas trevas do mundo.
Não faça o seu trabalho pastoral acreditando apenas em você, nos “seus” planos bem traçados; pode ser que você se decepcione e desanime de tudo como muitos.
Não se esqueça, sem Jesus, o jumentinho de Jerusalém é apenas um jumentinho.
Jesus mandou pedir, pedir e pedir. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscais e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele que pede recebe; aquele que procura acha; ao que bater se lhe abrirá” (Lc 11,9-11).
Acreditamos nisso, ou desistimos de pedir? Santo Agostinho se converteu e foi um dos santos mais importantes da Igreja; porque sua mãe derramou sua lágrimas diante do Santíssimo, sem desistir e sem desanimar, durante vinte anos. E nós?
Carregando Jesus podemos dizer como o grande Apóstolo: “Tudo possa naquele que me dá forças” (Fil 4,13). “Se Deus é por nós quem será contra nós?” (Rom 8,31).



Alguém me enviou por e-mail esta parábola interessante sobre o jumentinho que Jesus usou para entrar em Jerusalém. Prof. Felipe Aquino

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Tempo Pascal


O Tempo Pascal vai desde o Domingo da Ressurreição até o Domingo de Pentecostes é o acontecimento central do mistério cristão, porque relembra a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Lembrando que “Páscoa” significa passagem. Passagem “da morte para a vida”, “das trevas para a luz”. A cor litúrgica do Tempo Pascal é o branco, que significa festa, paz e ao todo este tempo possui 50 dias (oito semanas), que são, respectivamente:
A Semana da Oitava da PáscoaSão os primeiros oito dias da páscoa, que  começa no  Domingo da Páscoa ou Domingo da Ressurreição, e finaliza no Domingo da Misericórdia (2º Domingo da Páscoa) Nesta oitava, canta-se o glória todos os 8 dias, e reza-se o credo somente aos domingos. Significa a alegria do Domingo da Ressurreição estendida em mais oito dias.        
O 2º Domingo da PáscoaConhecido como Domingo da Misericórdia, pela compaixão de Jesus com São Tomé, que não acreditava em palavras, e sim “somente vendo”. Vendo a Jesus, veio a crer na Sua ressurreição, e se redimiu ao Senhor. Pela compaixão e misericórdia do mestre, São Tomé foi perdoado.
O 3º Domingo da PáscoaDomingo da passagem bíblica dos “discípulos de Emaús”, onde reconhecemos a Jesus na fração do pão: Ele está no meio de nós através dos sinais sacramentais.
O 4º Domingo da PáscoaDomingo do “Bom Pastor”, que nos manifesta o mistério da presença do Cristo nos pastores da Sua Igreja, pois “O Senhor é o meu Pastor, nada me falta”. (Sl 22).
O 5º Domingo da PáscoaNeste domingo da caridade, a fraternidade é vista como a manifestação de Jesus ressuscitado; através do amor ao nosso próximo, os homens reconhecerão o amor com que Cristo nos ama.
O 6º Domingo da PáscoaNeste Domingo Jesus promete seu Espírito como princípio da vida pascal da Igreja e de nós, cristãos. a ação deste Espírito constrói nosso templo espiritual interior. 
Domingo da Ascensão do Senhor: Jesus envia ao mundo suas testemunhas para manifestar seu poder profético e salvador, para depois subir ao Pai.
O Domingo de PentecostesNeste último Domingo, finaliza-se o Tempo Pascal, onde o Espírito Santo realiza a plenitude da Páscoa de Jesus Cristo por meio da Igreja. Cheios da força na fé em Cristo ressuscitado, os Apóstolos partem para a sua missão no mundo.

Curiosidade: O Círio Pascal, que representa o Cristo Ressuscitado e a Luz dos Povos, é colocado junto ao ambão ou em lugar próximo ao altar durante todo o Tempo Pascal, e deve ser aceso em todas as Missas Pascais.

fonte: Paróquia matriz São Benedito

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Tipos de Jejum



Como citamos anteriormente, existem várias modalidades de jejum.
Conheceremos nesta postagem quatro tipos de jejum que  acompanhados de oração e outros exercícios espirituais poderão ser de grande proveito para nós, especialmente no tempo da Quaresma.
Jejum da Igreja
Assim é chamado o tipo de jejum prescrito para toda a Igreja e que, por isso, é extremamente simples, podendo ser feito por qualquer pessoa. Alguém poderia pensar que esse seja um jejum relaxado ou que nem seja realmente jejum, porque ele é muito fácil. Mas não é bem assim.Esse modo de jejuar vem da Tradição da Igreja e pode ser praticado por todos sem exceção, sendo esse o motivo porque é prescrito a toda a Igreja. O básico desse tipo de jejum é que você tome o café da manhã normalmente e depois faça apenas uma refeição - almoçar ou jantar -, a depender dos seus hábitos, de sua saúde e de seu trabalho. A outra refeição, a que você não vai fazer, será substituída por um lanche simples, de acordo com as suas necessidades.
O conceito de jejum não exige que você passe fome. Em suas aparições em Medjurgorje, a própria Nossa Senhora o repetiu várias vezes. Jejuar é refrear a nossa gula e disciplinar o nosso comer. O importante, e aí está a essência do jejum, é a disciplina, e é você não comer nada além dessas três refeições. O que interessa é cortar de vez o hábito de "beliscar", de abrir a geladeira várias vezes ao dia para comer "uma coisinha". Evitar completamente, nesse dia, as balas, os doces, os chocolates e os biscoitos. Deixar de lado os refrigerantes, as bebidas e os cafezinhos.
Para quem é indisciplinado - e muitos de nós o somos -, isso é um jejum, e dos "bravos"! Nesse tipo de jejum, não se passa fome. Qualquer pessoa pode fazer esse tipo de jejum, mesmo os doentes, porque água e remédios não quebram jejum. Se for necessário leite para tomar os remédios, o jejum não é quebrado, pois a disciplina fica mantida.
Jejum a pão e água
Nesse segundo tipo de jejum, deve-se comer pão quando se tem fome e beber água quando se tem sede. Apenas isso e nada mais. Não se trata de comer pão e beber água ao mesmo tempo. Pelo contrário: é preciso evitar isso. Nosso tipo de pão, quando comido com água, geralmente fermenta no estômago, provocando dor de cabeça. É melhor ir comendo aos poucos durante todo o jejum. Você vai perceber que, nesse dia, o pão adquire um novo sabor. Também se deve beber água várias vezes no decorrer do dia. O organismo precisa de água. Por isso, tome água, mesmo que você não tenha sede. O principal desse tipo de jejum é que você só coma pão e beba apenas água.

Jejum à base de líquidos
O terceiro tipo de jejum requer que você passe o dia sem comer nada, limitando-se a tomar líquidos. Ou seja, durante todo o seu dia de jejum, você se alimenta somente com líquidos. Essa é uma modalidade muito boa de jejum, que refreia a nossa gula e garante a nossa disciplina. Tratando-se de líquidos, temos uma grande variedade de opções e de combinações possíveis; todas elas nos mantêm alimentados e bem dispostos sem a quebra do jejum.
É recomendável passar o dia tomando chá. Existem vários tipos de chá, podendo-se escolher. Desde que seja quente e com um pouco de açúcar ou mel, o chá alimenta e mantém o estômago aquecido, o que é muito bom. Quem não puder usar açúcar nem mel, pode usar adoçante ou tomar chá puro; fazendo assim estará se privando da glicose, que é alimentícia, mas conservará as vantagens do chá e do calor. Mas, se preferir, você poderá tomá-lo frio ou gelado, especialmente no verão.
Laranjada, limonada e sucos de fruta também são indicados para esse dia. O mesmo acontece com os sucos de legumes, como cenoura e beterraba, e de verduras. Veja bem: tome suco, não vitamina. Combinando-se frutas, legumes e verduras, as possibilidades aumentam bastante. Os vários sucos, adoçados ou não com açúcar, mel ou adoçante, são sempre alimentícios, deixando o corpo leve para a oração e para as outras atividades intelectuais ou físicas.
Outra boa opção para esse tipo de jejum é a água de coco, que é completa, já tendo tudo para nos manter hidratados e alimentados. Especialmente para quem tem a sorte de viver nos lugares onde há coqueiros, um jejum a base de água de coco é excelente. Não existe melhor hidratante. Qualquer pessoa, mas em especial os idosos e os doentes, pode fazer um jejum muito saudavél à base de caldos. Tal como os sucos, os caldos também apresentam um grande variedade. Observe, no entanto, que estou me referindo a caldos, e não a sopas e canjas, embora se possa fazer caldo de frango e até de carne. O que importa é que o caldo é líquido e tem como vantagens ser nutritivo e quente, além de conter sal. Especialmente em dias frios, os caldos são uma ótima maneira de fazer jejum, pois com eles temos garantida a ingestão das calorias necessárias às nossas atividades, espirituais em particular.
O Jejum completo
Nesse quarto tipo de jejum, não se come coisa alguma e só se bebe água. É recomendável que, antes de experimentar essa forma de jejum, você já tenha feito o jejum a pão e água e o jejum à base de líquidos, que podem servir de treino. No jejum completo, é fundamental beber água várias vezes ao dia. Não é bom fazer jejum a seco, isto é, sem tomar água, especialmente quando não se tem um bom treinamento. Mas é possível fazer jejum sem ingerir mesmo água? Sim, como eu já disse, é possível. Porém só as pessoas bem experientes devem tentar fazê-lo.
É fundamental ter em mente que não estamos nos submetendo a um teste de resistência. Não precisamos provar nada a ninguém: nem a nós, nem ao Senhor. O objetivo do jejum é nos encontrar com Deus, favorecer a oração e nos disciplinar. Ele serve para nos abrir à Graça da contemplação, da intercessão e da Unção do Espírito Santo. Como dissemos acima, nosso organismo precisa de água. Ele necessita estar bem hidratado para agir e reagir no campo espiritual. E como o nosso jejum se destina a combatentes que batalham por Deus na dimensão espiritual, tome água várias vezes ao dia quando praticar o jejum completo.
Quanto a hora de terminar o jejum, principalmente o jejum completo, Nossa Senhora de Medjugorje fala em encerrá-lo às quatro da tarde. Você pode terminá-lo às cinco, às seis ou às oito horas da noite. O importante é ser comedido e agir com sabedoria. Nossa intenção não é bancar os heróis. Repito: não temos de provar nada a ninguém, nem a nós e nem mesmo ao Senhor.


fonte: Canção Nova

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Jejum e abstinência

O jejum é uma forma de mortificar o corpo para fortalecer o espírito na luta contra a tentações do pecado. Todos podem fazer jejum. Sejam idosos ou estejam cansados ou doentes; sejam gestantes, mães que amamentam, jovens ou adultos. todos podem jejuar sem que isso lhe faça mal, mas, pelo contrário, lhes faça bem. Muitas pessoas não jejuam porque não sabem fazê-lo. Imaginam que jejuar seja uma coisa muito difícil e dolorosa que elas não vão conseguir fazer. Existem várias modalidades de jejum.
A abstinência consiste em não comer carne. A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa são dias de abstinência e jejum, que é obrigatória a partir dos quatorze anos e o jejum dos dezoito aos cinquenta e nove anos de idade.

O jejum e a abstinência devem estar alinhados à busca do amor ao próximo e a Deus. “Jejum não é um regime ou uma dieta, é uma prática espiritual. É uma forma de nos unirmos a Deus na oração e na penitência. Um cristão que jejua dá primazia aos valores espirituais. "É uma forma de oração por excelência, considerando que Jesus diz: 'certos demônios somente são expulsos pela oração e o jejum' (Mt 17, 20)".(padre Roger Araújo)

fonte: Canção Nova

domingo, 15 de fevereiro de 2015

O que é Quarta-feira de Cinzas?

Quarta-feira de cinzas é um princípio da Quaresma; um dia especialmente penitencial, em que manifestamos nosso desejo pessoal de conversão a Deus. Quando recebemos as cinzas, expressamos com humildade e sinceridade de coração, que desejamos nos converter e crer de verdade no Evangelho.
 Recebemos a bênção e a imposição das cinzas dentro da Missa, após a homilia embora em circunstâncias especiais, se pode fazer dentro de uma celebração da Palavra. As formas de imposição das cinzas se inspiram na Escritura: “porque és pó, e pó te hás de tornar” (Gn, 3, 19) e “fazei penitência e crede no Evangelho” (Mc 1, 15). As cinzas que recebemos na quarta-feira  procedem dos ramos abençoados no Domingo da Paixão do Senhor( domingo de ramos), do ano anterior, seguindo um costume que se remonta ao século XII. 
A forma de bênção faz relação à condição pecadora de quem a recebeu.

As cinzas simbolizam:

  • Condição fraca do homem, que caminha para a morte;
  •  Situação pecadora do homem;
  •  Oração e súplica ardente para que o Senhor os ajude; Ressurreição, já que o homem está destinado a participar no triunfo de Cristo.  

fonte: prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Que tal começar com uma nova disposição?

Que tal começar o novo ano com uma nova disposição? E deixar de lado aquelas coisas, gestos e atitudes que não contribuem para fazer o Reino de Deus acontecer.

“Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: ‘Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo’” (Mateus 4, 17).
 
Depois da prisão de João Batista, Jesus foi viver na Galileia, deixou Nazaré e foi para Cafarnaum, que passou a ser Sua cidade, o lugar da Sua morada. O Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça, mas escolheu Cafarnaum, às margens do mar da Galileia, porque ali a vida acontecia, as pessoas caminhavam para lá e para cá e viviam da base dessa economia e Jesus queria estar no meio do Seu povo. Ele veio para ser a luz daqueles que caminham nas trevas.
A vida e o ministério do Senhor se baseiam, em primeiro lugar, em anunciar o Reino de Deus, e para entrar nesse Reino é preciso uma lógica, que se chama: conversão. É preciso agora uma nova mentalidade, é preciso ter a coragem e a ousadia de querer aprender de novo ou, na verdade, de querer aprender qual é o caminho e o sentido para a vida.
Por isso Jesus percorre as margens do mar da Galileia, percorre aquelas regiões de Cafarnaum e nelas anuncia o Reino de Deus. O Reino de Deus foi anunciado a nós, e é nosso dever, nossa tarefa e nossa obrigação anunciá-lo para as pessoas! Comecemos pela nossa conversão pessoal!
Todos os dias é dia de nos convertermos, todos os dias é dia de mudança de atitude e de mentalidade. É dia de deixar de lado aquelas coisas, gestos e atitudes que não contribuem para fazer o Reino de Deus acontecer. Existem gestos que estão dentro de nós, começam com o nosso mau humor, com as nossas mágoas e com as coisas que estão azedas dentro do nosso coração.
Que tal começar o novo ano com uma nova disposição? Com a coragem de viver a cada dia como se fosse o único dia de nossa vida? E darmos o melhor de nós, o melhor do nosso empenho, da nossa determinação para com o nosso próprio interior.
Quero me converter no dia que se chama hoje! Sabe por quê? Porque muitos de nós temos adiado a nossa conversão, muitos de nós temos vivido uma mentalidade errada: “Vamos nos converter no final da vida”. E se acaso o fim da nossa vida for hoje? E o que menos importa é isso, o que mais importa é viver, a cada dia, a lógica, a dinâmica do Reino de Deus!
É ter a cada dia a disposição de se converter de algo ou de alguma coisa. Se você tinha disposição para falar mal de alguém, que tal hoje deixar de fazer isso? Se você tinha a disposição para não amar e de não acolher o próximo, que tal no dia de hoje poder amar mais, acolher mais e poder ser mais fraterno com o próximo, com o nosso irmão?
Vivendo assim, tendo essa disposição dentro de nós, de nos convertermos a cada dia, nós podemos anunciar o Reino de Deus aos outros. Podemos mostrar aos outros que o caminho do pecado não gera vida. Contudo, o Reino de Deus não se anuncia só com palavras, o que falamos aos outros é preciso que as pessoas vejam a nossa disposição para mudar, para nos convertermos, para mudar e fazer um esforço para mudar as nossas atitudes. Quando assim o fazemos o Reino de Deus está próximo de nós, está em nós e entre nós!

Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo 
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal CançãoNova.
https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn