sábado, 23 de maio de 2015

Derramamento do Espírito Santo

Quem é o Espírito Santo?
É a 3ª pessoa da Santíssima Trindade, aquele que nos santifica.
A 1ª pessoa é Deus Pai que nos criou,
A 2ª pessoa é Deus Filho que nos remiu.
Nós recebemos o Espírito Santo no dia do nosso Batismo e no Sacramento do Crisma.
Nós cristãos católicos invocamos a Santíssima Trindade várias vezes durante o dia: ao levantarmos pela manhã, às refeições, ao deitar a noite, ao iniciar orações, ao nos prepararmos para enfrentar situações difíceis, como agradecimento, para iniciar  e ao terminar a Santa missa, celebrações, encontros religiosos, etc.
"Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. Também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio".  (Jo15, 26-27)
O Prometido por Jesus: "[...] ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai, a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).
Pentecostes
Tendo Jesus voltado para o Pai do Céu, (Ascensão) os Apóstolos disseram: “Os homens maus que pregaram Jesus na cruz, são capazes de nos matar também. Vamos esconder-nos no Cenáculo com a Mãe de Jesus”. Entraram numa grande sala, trancando as portas e as janelas. Lá ficaram em oração.
Cinquenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém, Foi o primeiro Pentecostes depois da Morte de Jesus, a sala onde os Apóstolos estavam rezando, encheu-se de uma luz muito brilhante em forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (. At 2,1-4).
Podemos dizer também que pentecostes é a festa do derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja.
Com a vinda do Espírito Santo, os Apóstolos perderam o medo. Abriram as portas e se meteram no meio do povo, ensinando a doutrina de Jesus.
Os Apóstolos, mesmo perseguidos, espancados, no exílio e nas prisões, continuaram falando de Jesus a todos os homens. E esta coragem os animou até a morte. Praticamente todos os Apóstolos derramaram o seu sangue, para não negar sua fé em Jesus Cristo. Dizemos com muita razão que:
A vinda do Espírito Santo marcou o começo da Igreja, isto, porque o mesmo Espírito que animou os Apóstolos despertou outras pessoas que levariam adiante a mensagem de Jesus.

Os Sete dons do Espírito Santo
Estes dons são graças de Deus e só com nosso esforço não podemos fazer com que cresçam e se desenvolvam, necessitam de uma ação direta do Espírito Santo para podermos atuar dentro da virtude e perfeição cristã.
Sabedoria: o Espírito Santo nos concede este dom para que possamos entender e utilizar os critérios de Deus para agir, falar, escolher caminho.
Entendimento: (inteligência) Não é apenas um dom humano de entender as coisas, é muito mais do que isso; é o dom de poder sentir a presença de Deus em todos nós, capacita a entender e julgar pelo amor, pelo coração.
Conselho:  Este dom nos liga a Deus e, ao mesmo tempo, nos liga às outras pessoas, ajudando uns aos outros para trilhar no caminho de Deus. Capacita o homem a ensinar a doutrina de Jesus por meio de atitudes e conselhos cristãos.
Fortaleza:  O dom da fortaleza nos permite ser fortes diante daquelas situações difíceis e de tudo aquilo que nos enfraquece a  fé, fortalece o homem para resistir ao mal e o encoraja a testemunhar Cristo e sua mensagem.
Ciência: O dom da ciência nos leva a um conhecimento mais aprofundado de Deus. O conhecimento das coisas de Deus não está apenas no nível intelectual, mas está no nível da vivência. Capacita o homem entre o bem e o mal a verdade de Deus e a do mundo.
Piedade: dom que está relacionado com a misericórdia nos leva a adorar filialmente a Deus por meio de atos de amor e louvor.
Temor de Deus: É o dom que nos leva à adoração de Deus por este dom o homem tem medo de ofender a Deus e com isso romper sua comunhão com Ele.(diferente de medo de Deus)
Quando recebemos os dons do Espírito Santo?
No Batismo, nos tornamos filhos de Deus. Recebemos a graça santificante das virtudes sobrenaturais, inclusive com os dons do Espírito Santo. Mas no Crisma, recebemos de um modo especial o Divino Espírito Santo, para as lutas interiores e exteriores, pelas quais guardaremos intacta nossa fé. É, então, no Crisma que recebemos os dons do Espírito Santo de um modo muito especial.

Se temos talentos, deles não nos devemos orgulhar, porque de Deus é que os recebemos. Se o mundo nos admira, bate aplausos aos nossos trabalhos, a Deus doador de todos os dons é que pertence esta glória.

É este o grande segredo dos Santos. Vemos sua vida sofrida e nos assustamos. Mas é que nos esquecemos do doce hóspede da alma que consola e acalma. É o Espírito Santo quem torna o fardo leve e o jugo suave.

fonte: catequisar.com/padrepauloricardo.org/cancaonova.com

quinta-feira, 14 de maio de 2015

“Sem mim nada podeis fazer”

Não faça nada sem “carregar” Jesus. Não comece o dia sem Jesus! Veja:

“Um jumentinho voltando para sua casa todo contente, falou para sua mãe:
- Fui a uma cidade e quando lá cheguei fui aplaudido, a multidão gritava alegre, estendia seus mantos pelo chão… Todos estavam contentes com minha presença.
Sua mãe perguntou se ele estava só e o burrinho disse:
- Não, estava levando um homem com o nome de Jesus.
Então sua mãe falou:
- Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.
Então o burrinho respondeu:
-Quando eu tiver uma oportunidade, voltarei lá…
Quando retornou a essa cidade sozinho, todos que passavam por ele fizeram o inverso, o maltratavam, o xingavam e até mesmo batiam nele.
Voltando para sua casa, disse para sua mãe:
-Estou triste, pois nada aconteceu comigo. Nem palmas, nem mantos, nem honra… Só apanhei, fui xingado e maltratado. Eles não me reconheceram, mamãe…
Indignado o burrinho disse a sua mãe:
- Porque isso aconteceu comigo?
Sua mãe respondeu:
- Meu filho querido, você sem JESUS é só um jumentinho…
Lembre-se sempre disso”.

Nós, sozinhos, não somos apenas “jumentinho”, e sim, um ser humano sem a graça de Deus e sem a Sua força sobrenatural. Somos pobres, fracos, impotentes…
Jesus disse que Ele é a videira verdadeira e que nós somos os seus ramos; e que se o ramo se desprender Dele, vai secar e morrer. E acrescentou: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5s).
É porque nos esquecemos dessa palavra de Jesus que tantas vezes fracassamos em nossas lutas, projetos, empreendimentos, evangelização, educação dos filhos, trabalho profissional e religioso, etc. Esquecemo-nos que se Jesus não estiver conosco, pela fé e pela oração, seremos um pouco parecidos com o jumentinho de Jerusalém.
Quando nós falamos as palavras de Jesus, atraímos as pessoas; quando “carregamos’ Jesus as pessoas nos ouvem; mas, quando estamos sós, vazios, sem “carregar” Jesus, o povo olha para nós e vê a nossa “feiúra” e impotência. E pode nos desprezar. Não podemos fazer nada nesta vida sem “carregar” Jesus.
Além do mais, carregar Jesus é estar ciente de que os aplausos são para Ele e não para nós. É estar ciente de que Ele não precisa de nós, mas quer nos usar para nos dar dignidade e grandeza.
Carregar Jesus é estar ciente de que depois que o ajudamos a cumprir a Sua missão salvífica, voltamos a ser apenas um “jumentinho”, muito feliz e honrado, mas como os outros. São Paulo diz que somos “vasos de barro” para que tenhamos consciência de que todo poder que se manifesta em nós vem Dele e não de nós (cf. 2Cor 4,7 ).
Não faça nada sem “carregar” Jesus. Não comece o dia sem Jesus. Não corrija seu filho, sua esposa, seu empregado ou seu patrão, sem pedir a luz a Jesus; senão as suas palavras poderão ser inconvenientes e ineficazes.
Não comece um empreendimento sem colocá-lo nas mãos de Jesus e pedir sua graça, sua proteção, sua luz.
Não eduque sua família sem a luz de Jesus, senão ela caminhará nas trevas do mundo.
Não faça o seu trabalho pastoral acreditando apenas em você, nos “seus” planos bem traçados; pode ser que você se decepcione e desanime de tudo como muitos.
Não se esqueça, sem Jesus, o jumentinho de Jerusalém é apenas um jumentinho.
Jesus mandou pedir, pedir e pedir. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscais e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele que pede recebe; aquele que procura acha; ao que bater se lhe abrirá” (Lc 11,9-11).
Acreditamos nisso, ou desistimos de pedir? Santo Agostinho se converteu e foi um dos santos mais importantes da Igreja; porque sua mãe derramou sua lágrimas diante do Santíssimo, sem desistir e sem desanimar, durante vinte anos. E nós?
Carregando Jesus podemos dizer como o grande Apóstolo: “Tudo possa naquele que me dá forças” (Fil 4,13). “Se Deus é por nós quem será contra nós?” (Rom 8,31).



Alguém me enviou por e-mail esta parábola interessante sobre o jumentinho que Jesus usou para entrar em Jerusalém. Prof. Felipe Aquino