quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Padroeira do Brasil


Outubro de 1717, o governador da Capitania de São Paulo, dirigia-se para Minas Gerais seguindo o curso do rio Paraíba, passando pela vila de Guaratinguetá. A Câmara Municipal havia se preparado para receber o ilustre visitante, a época não era favorável à pescaria, mas todos os pescadores da região deveriam procurar apanhar o maior número de peixes para o banquete que seria oferecido ao governador e sua comitiva. 
Muitos pescadores lançaram-se com suas barcas nas águas do Rio Paraíba. 
Entre eles Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso pegaram barco e redes e se lançaram na difícil tarefa. Remaram a noite toda sem nada pescar. Felipe, já desanimado estava quase desistindo da empreitada. Domingos e João insistiam como se estivesse à espera de um milagre. 
A pescaria continuou mais sem sucesso. Depois de muitos lances, João Alves ao recolher sua rede percebera que ela estava pesada, haviam apanhado alguma coisa. Seriam peixes? Não, não eram peixes. 
Surpresos, os três pescadores viram que se tratava de um corpo de uma imagem, mas e a cabeça? Onde estava? Com cuidado guardaram no fundo do barco. 
Tornando a lançar a rede o mesmo pescador recolheu a cabeça da imagem, o quem deixou a todos maravilhados. João Alves pegou o corpo do fundo do barco aproximou da cabeça. Justinhos. Logo perceberam que se tratava de Nossa Senhora da Conceição, pois a virgem calcava a lua debaixo dos pés. 
Era a 1ª vez que era vista a imagem daquela que viria a receber o título de Nossa Senhora Da Conceição Aparecida e que mais tarde seria proclamada a Rainha e Padroeira do Brasil. 
A Presença daquela imagem de nossa Senhora operou o primeiro milagre, a partir daquele momento os peixes pareciam brotar em volta do barco! 
Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante da imagem.
A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo se tornou pequeno e após alguns anos, com a intervenção do vigário da paróquia, uma capelinha. As graças que Nossa Senhora ali concedia aumentavam e com elas cresceu a concorrência do povo. Impunha-se a construção de uma capela maior, e em lugar mais elevado, em 1834 foi construída a chamada Basílica Velha e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova. 
Desde o descobrimento do Brasil cultiva-se aqui a devoção de Nossa Senhora. Os portugueses descobridores do país tinham-na aprendido e usado desde a infância; os primeiros missionários recomendavam e propagavam-na. Aonde se fundavam cidades, construíram-se igrejas em honra de Nossa Senhora Aparecida e celebravam-se com grandes solenidades as suas festas. Foi certamente em recompensa desta constante devoção que a Virgem Santíssima quis estabelecer no Brasil um centro de sua devoção, um trono de graças, um santuário em nada inferior aos grandes santuários de outros países.

Fonte: Pagina Oriente/ Catequisar.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário